As unidades de referência de Ferraz de Vasconcelos, Guaianases e São Mateus servirão como estruturas de suporte para a realização de partos e demais atendimentos às gestantes que utilizam a Maternidade da Santa Casa de Mogi das Cruzes. A entidade suspendeu na quarta-feira passada os atendimentos em virtude da superlotação do setor e recebe, desde então, apenas gestantes em situação de emergência.
O anúncio foi feito na manhã de ontem pelo secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, que esteve reunido com o prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB). O encontro foi acompanhado pelo deputado estadual Marcos Damasio (PL). "Os gestores dos hospitais listados já nos responderam de forma positiva sobre a proposta. Agora, tudo está em fase final de discussão entre os responsáveis de cada centro médico, o Estado e o prefeito Marcus Melo", adiantou Germann. Questionado sobre a possível ampliação do Hospital Luzia de Pinho Melo, o secretário descartou a possibilidade.
Melo confirmou a disposição dos três hospitais para auxiliar a Maternidade da Santa Casa e demonstrou satisfação. "Embora seja um momento complicado para o município em relação à superlotação da Maternidade, a ajuda de outros hospitais e do Estado mostra que estamos unidos", destacou.
A suspensão nos atendimentos para as gestantes foi explicada na quarta-feira pelo diretor-técnico da Santa Casa, Ricardo Bastos. Segundo ele, o setor de Neonatal está ocupado com 39 recém-nascidos, sendo que a capacidade máxima é de apenas 25 leitos. Agora, serão internadas na unidade apenas grávidas em situação de emergência, como os casos de parto prematuro. Para os demais suportes, as pacientes serão transferidas para as maternidades indicadas pelo Estado.
Farmácia
O secretário José Henrique Germann também visitou ontem a Farmácia de Alto Custo, localizada em frente ao prédio da prefeitura. O intuito foi detectar os principais problemas do serviço e entender as dificuldades vivenciadas pelos mogianos. Segundo Germann, o problema não é a falta de medicamentos, mas o departamento de Relações Humanas (RH) e a estrutura física da farmácia.
Por este motivo, será estudada a transferência do serviço para outra localidade no município. "Eu observei integralmente a estrutura e percebi que aquele não é o lugar ideal para o funcionamento efetivo. Portanto, eu e o prefeito iniciaremos pesquisas de outros espaços para a transferência", disse.
Por sua vez, Melo confirmou a necessidade de aprimoramento do sistema de medicamentos e ressaltou o empenho das secretarias em reverter a situação. "Infelizmente, muitas pessoas sofrem para adquirir os remédios de grande necessidade, por esta razão o Estado está trabalhando em conjunto com o município em busca de melhorias", afirmou.
* Texto supervisionado pelo editor.