A Secretaria Municipal de Saúde informou durante a semana que os 24 postos de saúde da cidade estão acolhendo casos de baixa complexidade, como conjuntivite, sinusite, lombalgia crônica e outros. A medida busca proteger a população de uma possível contaminação pelo coronavírus (Covid-19), ao passo em que deverá reduzir a ida de pessoas ao Pronto-Socorro Municipal (PS), local de referência para tratamento do público com a doença.
Com as novas determinações, o suzanense que precisa de atendimento médico, em caso de baixa complexidade, que são as chamadas fichas verde e azul, devem procurar o posto de saúde mais próximo de sua residência. Por lá, os médicos vão realizar o atendimento e o devido encaminhamento.
"Chamamos de baixa complexidade aqueles casos mais crônicos e que não têm relação com Covid-19 ou com síndrome respiratória gripal, como unha encravada, dores no braço e nas pernas, infecção urinária, conjuntivite e sinusite, por exemplo. Essas enfermidades são consideradas 'fichas azul e verde' dentro de uma unidade de emergência. Por isso, entendemos que há a possibilidade do atendimento no posto de saúde e deixamos o PS voltado aos casos graves, tendo também uma estrutura ao lado exclusiva para sintomas do novo coronavírus", explicou o diretor técnico do PS, o médico Walter Gilberto Guinger.
Ainda segundo a pasta, a iniciativa busca principalmente proteger a população de um possível contágio. "Cerca de 80% do nosso atendimento hoje no PS é voltado às pessoas diagnosticadas pela Covid-19. Ou seja, o paciente que vai em busca de uma consulta de baixa complexidade no local pode ser exposto ao vírus, seja no transporte público até o local ou mesmo encontrando com as pessoas que ali estão", disse o titular da Saúde, Pedro Ishi.
O secretário destaca ainda que o objetivo é de que o PS fique referenciado aos casos de urgência e emergência. "Separamos a entrada do Pronto-Socorro entre o que é atendimento voltado ao novo coronavírus e o que é urgência e emergência. Nos casos de urgência, o paciente entra pela porta principal ou por meio de ambulância. Já quem tem sintomas da Covid-19, a entrada é pela porta ao lado, de forma isolada e separada", detalhou Ishi.
Desta forma, a expectativa é de que a demanda no OS seja reduzida em 20%. "Temos muitos casos de pessoas que vêm à unidade apenas para troca de receitas, o que normalmente deve acontecer nos postos de saúde. Essa medida vai proteger as pessoas e também diminuir a demanda do local, que teve um aumento de cerca 170% do número de atendimento de casos de síndrome gripal", detalhou Guinger.
O PS tem, em média, 600 atendimentos diários, sendo que cerca de 20% podem ser considerados casos de baixa complexidade, ou seja, que não se enquadram na rede de urgência e emergência nem nos sintomas gripais. "Desde o início da fase mais crítica da pandemia, passamos de 150 atendimentos para mais de 480 por dia. Pedimos que continuem se cuidando, usem máscara e álcool em gel, pratiquem o distanciamento social e, se possível, fiquem em casa", concluiu o secretário.