Preços mais altos mudam a rotina de compras em Mogi

Mogi - O aumento dos alimentos nos últimos meses impactou a vida dos mogianos. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a inflação acumulou alta nos últimos 12 meses de 12,13%. Na feira da avenida Maria Osório Valle, no bairro Alto Ipiranga, em Mogi das Cruzes, feirantes e consumidores destacaram como os aumento de preço dos produtos impactaram o dia a dia. 

A autônoma de 51 anos, Miriam da Silva, afirmou que teve sua rotina de compras afetada. "Com o aumento dos preços, tive que deixar de comprar alguns produtos, como a batata, que está super cara, cebola, tomate. São alguns produtos que a solução é procurar como substituí-los. A frequência à feira também mudou, agora nem toda sexta-feira consigo vir" destacou.

Miriam também citou o aumento de outros produtos. "Tem aumento em tudo: ovo, tempero, legumes aumentou muito. Coentro é um produto que está em falta, pois não é época, e quando vier estará o dobro. Fui comprar couve, mas só tem picada e está R$ 7 a bandejinha, para mim é um valor que pesa no bolso", admitiu a autônoma, que disse compreender o lado dos feirantes. "Para os comerciantes também fica puxado trazer os produtos e vender mais, eles também precisam gerar o lucro".

O feirante Rubens Yoshioka, 54, salientou que a inflação afeta a todos. "Esse aumento geral, não só dos alimentos, mas do combustível, falta de mercadorias, impacta a todos. Nesse frio que está chegando, acredito que na semana que vem o impacto nos preços seja ainda maior", reforçou. Ele destacou a tendência para os preços: "Tudo relacionado a cozimento, por exemplo ingredientes de sopa, tem um aumento porque a procura é maior. Por outro lado, em relação à folhagens a tendência é cair o preço".

A auxiliar de desenvolvimento infantil, Tatiane de Oliveira, 38, por sua vez, elogiou os preços da feira. "O preço está bem melhor que o do mercado. O preço da alface está bom, o da cenoura e do milho também. Vale a pena vir à feira", recomendou. 

Já o advogado Itamar Saíde, 71, também notou a diferença nos preços. "Toda semana eu compro praticamente os mesmos itens, só saio para dar uma voltinha e comer um pastel, mas o que vem acontecendo é o seguinte: os itens são os mesmos, mas os preços, semanalmente, são um pouquinho maiores do que na semana interior", destacou, salientando o aumento do preço das frutas, verduras e legumes devido ao clima. 

Alessandro Santos, 44, vendedor de bananas e feirante há 30 anos, explicou a interferência do clima. "Nessa época de frio, dependendo do sistema, dá muita perda de banana prata e nanica, banana maçã também é difícil de achar, pois é uma fruta que se dá em época de calor. Dependendo do tipo de frio, geada, vento, todos esses fatores climáticos atrapalham e nós dependemos do clima, por isso também ocorre essa variação de preço", enfatizou.

*Texto supervisionado pelo editor.