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A polêmica ganha o campo religioso. Desde a primeira constituição da república existe a separação entre a Igreja e o Estado. O Brasil é um país laico. Não tem religião oficial como na época do Império, quando o imperador exercia alguma influência na religião oficial que era o catolicismo. Ninguém desconhece que a maioria da população professa a fé católica, mas os evangélicos começam a se organizar para ter uma representação no poder federal. E o caminho para isso é a política. Para tanto é preciso formar um grupo de pressão que influencie nas decisões do governo, participe das decisões mais importantes e, de fato, consolide a liberdade de escolha religiosa. Nem todos concordam com isso.
A polêmica deveria se ater às constituições do Brasil. A carta de 1934 reafirma a liberdade religiosa e proíbe nas escolas o ensino de religião. Há quem diga que os católicos querem retomar a influência que perderam. Pela primeira vez surge um nome que é candidato da igreja evangélica, cuja base eleitoral são os protestantes. O candidato deixa bem claro que vai defender os interesses dos crentes do Brasil, considerados, até então, como uma minoria.
O candidato tem um sólido currículo. Vem das camadas médias da população, é mestre em Ciências da Religião e doutor em Educação. É o primeiro nome evangélico a figurar no cenário político. O que mais chama a atenção é que ele é pastor da igreja presbiteriana. Ninguém sonha que um ministro terrivelmente evangélico possa chegar ao Supremo Tribunal Federal. O pastor Guaracy Silveira é eleito constituinte, uma posição nunca antes conquistada por um evangélico. Seus discursos bem fundamentados, sua maneira pausada de falar na tribuna impressiona a todos. Além disso, é um aliado dos partidos que defendem os operários e uma melhor distribuição de renda no país. Tudo foi por água abaixo três anos depois quando Vargas deu um golpe de Estado e implantou a ditadura do Estado Novo. Nova constituinte só em 1946 e lá estava o deputado Guaracy Silveira para defender os pontos programáticos que havia defendido na constituinte anterior.
Heródoto Barbeiro é professor e jornalista.
Fundado por Paschoal Thomeu – circulou em 22 de novembro de 1975. Em 1992, o administrador de empresas e publicitário Sidney Antonio de Moraes adquiriu a marca e relançou o jornal em 27 de outubro. O projeto foi ganhando força e, em 23 de abril de 1997, o jornal, até então preto-e-branco e veiculado apenas uma vez por semana, passou a circular colorido e bissemanalmente. Em 18 de maio do mesmo ano, a circulação foi ampliada para trissemanal e, finalmente, em 21 de junho de 1997 concretizou-se o lançamento do Mogi News diário. São inúmeras ações que, aliadas à qualidade editorial e gráfica, consagram o Mogi News como o jornal mais lido e respeitado do Alto Tietê
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